Cenário Econômico Brasileiro e a Performance Do Setor De Construção Civil

 

O setor de construção civil no Brasil é diretamente influenciado pelo cenário econômico. Fatores como a alta de juros, a inflação no setor e outros indicadores econômicos afetam a performance das construtoras e incorporadoras. Vamos analisar os principais fatores que impactam o setor e como a NETResíduos pode auxiliar as empresas a enfrentarem esses desafios de maneira mais eficiente e sustentável.

Alta de Juros em 2022 

A taxa de juros básica (Selic) aumentou significativamente em 2022, chegando a 13,75% ao ano. Esse aumento tem diversos efeitos sobre o setor de construção civil: 

  • Custo de Financiamento: Com juros mais altos, tanto as empresas quanto os consumidores enfrentam custos de financiamento maiores. Isso encarece os empréstimos para projetos de construção e para a compra de imóveis, diminuindo a demanda por novos lançamentos. 
  • Incerteza Econômica: Altas taxas de juros geralmente indicam um esforço do governo para conter a inflação, mas também podem sinalizar uma economia em desaceleração. Investidores e consumidores podem adotar uma postura mais cautelosa, adiando investimentos e compras. 
  • Redução da Liquidez: Juros elevados tendem a diminuir a liquidez no mercado, impactando negativamente o setor imobiliário que depende de um fluxo constante de financiamento para projetos de grande porte. 

Inflação da Construção Civil (INCC) 

 O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) mede a variação dos custos de construção e é um indicador importante para o setor. Em 2022, o INCC teve um aumento significativo, afetando os custos de construção: 

  • Aumento de Custos: A inflação dos insumos de construção, como materiais e mão de obra, eleva os custos dos projetos. Isso pode reduzir a margem de lucro das construtoras e aumentar os preços finais dos imóveis. 
  • Repasse de Custos: As construtoras podem repassar parte desse aumento para os consumidores, resultando em preços mais altos para imóveis novos, o que pode afetar a demanda. 

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os custos da construção civil medidos pelo INCC tiveram variação mais acelerada que os preços dos imóveis a partir de 2020, somente revertendo esta situação em abril de 2023 quando os preços variaram acima da variação dos custos, recuperando assim às margens da construção civil. 

Dados de Lançamentos de Imóveis, Valor Geral de Vendas (VGV) e Valor Geral Lançado (VGL) 

Os dados mais recentes indicam uma variação no número de lançamentos e no valor geral de vendas e lançamentos, refletindo os desafios econômicos: 

  • Lançamentos de Imóveis: Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), houve uma retração nos lançamentos de novos imóveis em 2022 devido à incerteza econômica e ao aumento dos custos de financiamento.
  • Valor Geral de Vendas (VGV): O VGV, que representa o total esperado de vendas dos imóveis lançados, também apresentou variações. Em períodos de alta de juros e inflação, o VGV pode ser impactado negativamente pela diminuição da demanda.
  • Valor Geral Lançado (VGL): O VGL, ou o total investido nos novos projetos lançados, tende a refletir a cautela dos incorporadores diante de um cenário econômico desfavorável, resultando em menor atividade de lançamento.

Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado geral de imóveis teve, no primeiro trimestre do ano de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, uma queda nos lançamentos de -9,6% e um aumento de vendas de 6%, causando uma redução da oferta de -12,2%.  

O 1° trimestre de 2024 registrou uma alta de 6% no número de unidades residenciais vendidas (81.376) em relação ao 1° trimestre de 2023 (76.794). Trata-se de um bom sinal para o restante do ano, pois os demais trimestres costumam concentrar mais vendas. 

Com os resultados do 1° trimestre de 2024, são 331.311 unidades vendidas nos últimos 12 meses, ou 3,9% a mais que o intervalo anterior, 1° TRI 23 (318.973). Isso demonstra recuperação da tendência de crescimento -de vendas que vem desde o 1° TRI 19 (190.371). Para a CBIC, o mercado segue forte e aderente, ou seja, há demanda para os imóveis lançados.

O aumento nas vendas foi impulsionado pelos resultados do programa MCMV. Foram de 31.407 unidades do programa MCMV vendidas no 1° trimestre de 2024 foi 21,3% superior às do 1° trimestre de 2023 (25.882), impulsionando as vendas em geral.

Conclusão  

O cenário econômico brasileiro, marcado pela alta de juros e inflação elevada, exerce pressão significativa sobre o setor de construção civil. O aumento dos custos de construção e de financiamento reduz a rentabilidade dos projetos e a acessibilidade dos imóveis para os consumidores, resultando em uma menor atividade no setor. As empresas precisam adotar estratégias mais cautelosas e inovadoras para navegar por esses desafios, buscando eficiência operacional e alternativas de financiamento que possam mitigar os impactos negativos do cenário atual. 

Fontes 

  1. Banco Central do Brasil – Informações sobre a taxa Selic.
  2. Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) – Relatórios de lançamentos de imóveis e VGV.
  3. Fundação Getulio Vargas (FGV) – Dados sobre o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
  4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Dados econômicos gerais e indicadores de inflação.

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